Contribuição do: Coletivo de Estudantes Negros da UERJ.
por e-mail.
Mais uma vez a comunidade negra é frontalmente agredida pelo racismo institucional da universidade brasileira. Desta fez um professor negro, quadro do movimento negro fluminense, corre o risco de não ter seu estágio probatório aprovado por seus “colegas brancos” que não compactuam com seus posicionamentos políticos, ideológicos e epistemológicos.
O professor não compactua com o posicionamento dos professores da faculdade de educação da UERJ, lógico, ele é preto, possui uma cosmovisão diferente da hegemonizada no espaço acadêmico.
Na edição do dia 10 a 16 de julho de 2008 do caderno de educação da Falha Dirigida, o professor Ricardo Vieiralves, reitor da UERJ, afirma, “levamos, mais ou menos, 14 anos para formação de um pesquisador sênior. O custo estimado desta formação fica entre R$800 mil e R$1 milhão”, concordamos perfeitamente com o reitor e avançamos, como fazer para formar um pesquisador sênior negro ou negra, como, se mesmo quando chegamos a passar no concurso(que já possui o filtro da entrevista) somos barrados ou mesmo desqualificados com proposta como a do departamento do professor perseguido que propõe que o professor deve fazer um tratamento médico com profissional competente. Será que agora ser preto e defender os posicionamentos afro-centrados é sinal de patologia, ou devemos unicamente ser passivos a tentativa assimilacionista que nossos intelectuais são pressionados a seguirem se quiserem ministrar aula nos cursos de pós-graduação stricto-senso e seguir uma carreira acadêmica em condições de competitividade por fomento para suas pesquisas em igualdade?
Comunidade estamos passando por um momento delicado, mandamos este comunicado a fim de informar e mobilizar a comunidade do refluxo que podemos ter se perdermos um dos poucos professores negros que temos na Universidade do Estado do Rio de Janeiro, que mantém de forma velada o racismo e que em momentos de explícita tenção por disputa de poder dentro da universidade(que de fato os intelectuais negros estão buscando) não vacilam em exacerbarem seu centralismo democrático para em nome da norma(branca) deliberarem mais uma vez contra os nossos.
Este foi apenas um comunicado que o Denegrir tem por obrigação fazer para a comunidade externa. Entendendo que em outro momento o conjunto do movimento deve deliberar coletivamente quais as ações devemos realizar para ampliar este debate que com certeza não se restringe a UERJ, até novos fatos. Axé.
DeNegrir
Coletivo de Estudantes Negros/as da UERJ.
http://br.groups.yahoo.com/group/denegrir_uerj2005/
http://www.denegrir.cjb.net
quarta-feira, 1 de outubro de 2008
Assinar:
Postar comentários (Atom)
0 comentários:
Postar um comentário